sábado, 5 de novembro de 2011

Crónica de um desastre anunciado...

 


Já todos estávamos à espera...
Sabia-se que seria uma questão de tempo até começar a pagar-se pela sobranceria dos nossos jogadores. Ou, dito de forma diferente, sabia-se que, a jogar como o vinhamos fazendo, era certo que viríamos a sofrer dissabores.
Num jogo que, à semelhança dos mais recentes, começou bem para nós, com a equipa a pressionar o adversário e a procurar cedo o golo, voltámos a marcar nos primeiros minutos, durámos meia hora e, depois, desaparecemos por completo. E não pode ter sido por cansaço, certamente, porque ninguém dura apenas meia hora!
O que é facto é que os nossos jogadores andam aburguesados, armados em artistas, a jogar a passo e para trás, sem ambição e a deixar correr o marfim, como se fosse inevitável que as camisolas ganhassem os jogos...
Já tinha aqui escrito, e comentado com os amigos, que o resultado de tal postura seria, necessariamente, o comprometimento dos nossos objectivos. Neste caso, o empate (1-1) com o Basileia, depois de estarmos a vencer desde o quarto minuto, não só nos retirou o apuramento imediato, como também nos desalojou do primeiro lugar do grupo (por troca com o Manchester United), expondo publicamente a falta de atitude e disponibilidade física e mental da equipa e dos seus jogadores (e técnicos também...).
Estiveram alguns a roçar a mediocridade, outros exiberam-se a um nível absolutamente banal, enquanto que, pela positiva, poucos há a referir.


De entre estes, Rodrigo merece referência pelo belo golo que marcou, pelo anterior remate ao poste e pela dinâmica que emprestou ao sector mais avançado da equipa; por outro lado, esteve perdulário em inúmeras situações, a fazer lembrar uns outros que, no passado recente, naquela posição jogaram.
Luisão, Garay e Artur também tiveram prestações positivas, embora com falhas pontuais.
Nos antípodas estiveram Matic, Maxi Pereira (que se passa com ele, a perder infantilmente inúmeras bolas e a comprometer por diversas vezes?...), Gaitán, Witsel, Aimar, Bruno César e Cardozo. Não pressionaram (Cardozo, então, esteve miserável neste aspecto em concreto!...), falharam passes sem conta, complicaram o que era fácil, remataram de forma totalmente despropositada, enfim... estiveram a um nível absolutamente inconcebível!!!
Nolito, quando entrou, ainda deu outro ritmo ao ataque, mas foi sempre um elemento isolado no marasmo geral da equipa.
No banco, Raúl José foi de uma pobreza confrangedora. Estive no estádio, mesmo por trás do banco da nossa equipa, e, que me lembre, só por volta do minuto 85 (talvez mais...) é que o adjunto de Jesus (ausente por castigo) disse qualquer coisa para os jogadores, para dentro do campo!!!!!!...
Depois, quanto às opções técnicas, tem de se questionar, vivamente, a situação da lateral esquerda da nossa defesa. Sejamos honestos: Luís Martins não é, nem de perto, nem de longe, jogador para o Benfica. Pelo menos não o é nesta altura! Melhores do que ele, naquela posição, dispensámos alguns no passado recente. Foi um autêntico furo a defender, foi caricato a atacar (apesar de alguma voluntariedade patenteada...) e esteve sempre perdido em campo, também por falta do apoio de quem fez a ala esquerda do nosso meio campo.
E aqui volta à baila, necessariamente, a questão da não inscrição do Capdevilla na Champions. Como é possível que JJ continue a ter autoridade para impor as suas birras e imbecilidades, depois de já ter ficado provado que só é mestre da treta, e não da táctica?
JJ é um péssimo condutor de homens, um teimoso sem tamanho e um grotesco e inconsequente gabarola que, de cada vez que abre a boca, desprestigia o Benfica e se cobre de ridículo. À conta das suas baboseiras, estamos a começar a ver passar os navios...

O ciclo de jogos que aí vem é de grande dificuldade.
Assim, como estamos, e com as opções assumidas, certamente não vamos conseguir os nossos intentos...

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