sábado, 11 de agosto de 2012

Que grande merda!!!...


Que grande merda, sem dúvida!!!
Ou melhor, que grandes merdas, no plural...
Grande merda, o jogo; ou, mais propriamente, o jogo que (não) fizémos...
Grande merda, o árbitro, durante todo o tempo em que esteve a pé...
Grande merda, o episódio que antecedeu o fim do encontro, aos 39 minutos da primeira parte...

O jogo com o Fortuna de Dusseldorf, já por si, não prenunciava nada de bom. Porque se trata de uma equipa alemã, porque não tem valor reconhecido nem história significativa, porque tem um historial social e desportivo algo truculento e titubeante, enfim... se não fosse por outras coisas, seria, pelo menos, porque eu detesto profundamente os alemães!

Apresentámos uma equipa que não lembraria a ninguém... a não ser a J. Jesus.
Para último teste de pré-época, devo dizer que fiquei bastente preocupado com a equipa inicial: Artur; Maxi, Luisão, Garay e Melgarejo; Javi Garcia; Enzo Pérez, Carlos Martins e Ola John; Saviola e Cardozo.
Se, na defesa, não haverá muita volta a dar (incluindo Javi à frente desta...), já no meio campo e no ataque seria de esperar algo diferente do que o que foi apresentado. Enzo Pérez?!? Ola John?!? Saviola?!?...
Se for esta a equipa base, a nossa luta pela liderança vai ser muito curta...
E Witsel? Já está no Real Madrid? Então porque não jogou? Salvio veio para ser suplente? Ou não precisa de minutos? Bruno César? Nolito? Rodrigo?...
Aos 20 minutos de jogo, já me tinha saturado de ver tanta monotonia e mediocridade. Jogava-se a passo e falhavam-se passes em barda. Ola John, aos 23 min., falhou o endosso a Carlos Martins, a 5 metros dele, metendo a bola nos pés de um alemão, que nem sequer o estava a pressionar!!!...
O Benfica era invariavelmente apanhado em contra-pé, na sequência de erros técnicos, e atitudinais, individuais e colectivos.
Por essa altura, Saviola (tem quase 31 anos!...), à saída da nossa grande área, teve o desplante de tentar fintar um adversário e, como seria de esperar, perdeu a bola. Este lançou-a para o flanco direito do seu ataque, de onde saíu cruzamento para a nossa pequena área, onde apareceu, à vontade, um adversário a tentar marcar, de calcanhar. Por sorte, falhou uma conclusão que até era fácil...
Pouco depois foi Maxi Pereira a criar uma situação de apuro, perdendo a bola para um alemão que, de imediato, lançou em profundidade. Artur teve que sair da área, para salvar, a pontapé...
O mesmo Artur, aos 30 minutos, defendeu, para cima, um excelente remate de Voronin, sobre a direita da nossa defesa, onde teve tempo e espaço para tudo.
O Benfica limitava-se a ver jogar. Não percebo o que quer J. Jesus. Percebe-se que espera que Maxi Pereira e Melgarejo subam nas alas. E eles sobem. Só que não têm acção, porque a bola não lhes chega aos pés. Como Javi Garcia descia para o centro da defesa, abrindo Luisão na direita e Garay na esquerda, ficava o miolo entregue apenas a C. Martins, sem o mínimo de hipóteses de suster os adversários, permitindo-lhes jogar à vontade. Pérez e Ola John não estavam em lado nenhum, Cardozo estava plantado lá na frente e Saviola não sabia onde havia de estar...
Era isto, apenas isto, o Benfica desta tarde, em Dusseldorf.
A única nota positiva foi um cabeceamento de Garay, na sequência de um livre de C. Martins, com a bola a passar muito perto do poste esquerdo da baliza alemã.

Aos 37 min., Javi Garcia entra em falta sobre um adversário. O árbitro, supostamente por palavras, mostra o cartão amarelo. Uso a expressão supostamente, porque a falta não era, nem pouco mais ou menos, para cartão. No minuto 39, de novo Javi entra a uma bola endossada a um adversário, impele a bola em sentido contrário àquele em que ela vinha (portanto, claramente, joga na bola...), mas acaba por derrubar o adversário, na sequência da jogada, porque entrou pelas suas costas. O árbitro, sem que nada o jutificasse, leva a mão ao bolso e tira o cartão amarelo, aparentemente para o exibir ao espanhol.
Maxi Pereira e Carlos Martins, que estão por perto, dirigem-se ao árbitro alemão, contestando o que parece que seria a sua opção. Este empurra Maxi com o cotovelo e, entretanto, Luisão vem em sua direcção, colocando-se à frente de Maxi e C. Martins, opondo o seu peito à marcha do árbitro. Este, num movimento absolutamente inaudito, projecta os seus braços na direcção de Luisão e, acto contínuo, naturalmente, cai de costas no relvado, ficando, aparentemente, inanimado. Digo aparentemente, porque deu toda a sensação que estava a simular...
O desmaio dura muito pouco tempo: não mais de um minuto. Levanta-se e, de imediato, rodeando-se dos seus auxiliares, dirige-se para as cabines... de onde nunca mais saíu.


Passados cerca de 15 minutos, o treinador do Fortuna Dusseldorf regressou ao campo, com a indicação de que não haveria mais jogo, porque o árbitro se recusava a continuar a apitar.
Já tenho muitos anos de futebol, e de vida. Mas nunca vi nada parecido com isto!!!...

O Benfica regressou aos balneários, num clima de grande incredulidade.
Apesar de não haver qualquer justificação para o teatro que o árbitro alemão fez, vamos a ver se o incidente não origina nenhum dissabor.
As coisas já estão suficientemente más, por si só. Não precisamos de mais nada, obrigado...
O que mais chateia é que fico com a sensação de que podíamos ter evitado esta situação...


PS - Este árbitro, num jogo do CRAC, mesmo num dos tempos mais recentes - não era preciso ser no tempo do João Pinto, do André e do Paulinho Santos... - não aguentava 5 minutos em campo. Ou, então, tinha que fazer previamente um estágio com o José Pratas e treinar muito atletismo...

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