sábado, 12 de janeiro de 2013

Poupanças, incúrias e outras maldições...


Vitória (3-2) complicada, por culpa própria, sobre a Académica, em mais um jogo da Taça da Liga...
Muita poupança, muita gente a querer armar em Maradona e a jogar sempre da maneira mais complicada e arriscada possível, erros grosseiros - individuais e colectivos... - e uma continuada fatalidade de, contra o Benfica, os avançados e os guarda-redes adversários serem muito eficazes, iam provocando a nossa primeira derrota no futebol doméstico... que nos deixaria fora das meias-finais da Taça da Liga!
Com uma equipa repleta de muitas segundas (terceiras e quartas...) escolhas - Paulo Lopes; Maxi Pereira, Jardel, Roderick e Luisinho; André Gomes, Ola John, Bruno César e Nolito; Aimar e Lima - o Benfica até entrou a jogar de forma agradável, trocando bem a bola e procurando o golo.
O domínio intensificou-se a partir do quarto de hora de jogo, e Ola John, Nolito, Aimar e André Gomes, tiveram boas ocasiões para inaugurar o marcador, o que, no entanto, só veio a acontecer ao minuto 40, quando Lima, isolado por Bruno César, fintou Peiser e, de pé esquerdo, descaído sobre esse lado, fez o 1-0.
 
Mas, nessa altura o Benfica também já acumulara alguns erros, daqueles que nos parecem impossíveis de cometer...
Eram passes de risco, na zona defensiva, executados de forma absolutamente despropositada e gratuita, passes falhados a distâncias curtas (5 a 10 metros), endossos de bola para onde passava pela cabeça que iriam estar companheiros de equipa (mas que na realidade não estavam!...), enfim... situações incríveis, e inaceitáveis, numa equipa como o Benfica.
E, no último minuto da 1ª parte, Bruno César, no nosso meio campo defensivo, tocou, muito mal, a bola para trás, para Jardel, que, muito lento, se deixou antecipar por Makelele e este, depois de um sprint até à nossa área, chutou para o lado mais distante, deixando Paulo Lopes sem nada poder fazer, empatando a partida.
Se a primeira parte acabou mal, a segunda não começou melhor. É que, logo aos 5 minutos da etapa complementar, Saleiro ganhou uma bola na direita do ataque da Académica, em resultado de mais uma série de maus passes e equívocos do nosso meio-campo e defesa, caminhou em direcção à baliza e rematou para o fundo das redes, sem que fosse mínimamente eficaz a pressão dos nossos defesas. Naquela altura, estávamos fora da competição...
Logo depois, entraram Carlos Martins e Kardec, para os lugares de Bruno César e Aimar. Diga-se que Bruno César fez um jogo muito fraco (e ofereceu, a meias com Jardel) o primeiro golo da Académica. E Aimar, pura e simplesmente, esteve sempre muito ausente do jogo e, quando interveio, só fez misérias, falhando passes, perdendo inúmeras vezes a bola, reclamando por tudo e por nada, e não participando, de todo, nas tarefas defensivas. Ou seja, quase se pode dizer que jogámos com 10 durante quase uma hora de jogo!
Kardec entrou bem no jogo e, quatro minutos depois de ter entrado, empatou a partida. Ola John cruzou desde a direita do nosso ataque e Kardec apareceu, ao poste mais distante, a cabecear para restabelecer o empate. E cerca de 5 minutos mais tarde, o mesmo Kardec recebe, e devolve, um passe de Lima que, na zona frontal da baliza, atira para o 3-2.
Cinco minutos depois a Académica fica reduzida a 10 jogadores, por ter sido mostrado o 2º amarelo, e respectivo vermelho, a Ferreira. Makelele também deveria ter sido expulso, por agressão a Sálvio - até lhe partiu um dente!... - mas o boi preto resolveu mostrar apenas cartão amarelo. O costume!!!
Sálvio, que tinha entrado para o lugar de Nolito, logo depois do 2-2, também não trouxe nada de muito positivo à equipa...
Até ao final do encontro, voltámos a ter um futebol mais lento do que o devia acontecer, embora, mesmo assim, Ola John, Lima (por duas vezes, e em ambas no resultado de excelentes jogadas individuais...) e Carlos Martins, tenham tido ocasião para ampliar a vantagem.
No último minuto do tempo regulamentar, Keita embrulhou-se com Carlos Martins dentro da área da Académica e, ao levantarem-se, armou o punho para agredir o nosso jogador. O árbitro foi, a correr, abraçar o defesa negro. Sem comentários...
Sem jogar bem - longe disso!... - o Benfica controlou o jogo, com mais evidência depois da remontada, e justificava, claramente, uma maior diferença no marcador.
 
Individualmente, Lima foi o homem do jogo. André Gomes também não esteve mal, embora tenha de passar a resolver de forma mais prática as jogadas em que intervém. Kardec veio dar mais acutilância e velocidade ao ataque, e pode ter ganho o seu espaço no grupo de trabalho. Paulo Lopes, tal com Roderick esteve sóbrio e não comprometeu. O mesmo não se pode dizer de Bruno César e de Jardel. As restantes exibições individuais, foram todas sobre o fraco, umas mais do que outras...
É preciso fazer muito mais, e muito melhor, senão... um dia a casa cai!
 
E, atenção, porque vem aí uma série de jogos muita complicada!...
 

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