sábado, 21 de setembro de 2013

Um terço de bom futebol...


Rezam as crónicas que fizemos um bom jogo... nos primeiros 30 minutos da partida!
Não é mau! Especialmente se recordarmos o que tem sido o nosso futebol nos últimos tempos...
 
Não vi o jogo, por motivos profissionais. Tendo estado ausente do país, nem pela televisão pude acompanhar o jogo com o campeão belga - o Anderlecht - de quem não guardo boas recordações. Foi com este adversário que perdemos uma final da Taça UEFA, há uns bons aninhos atrás, e também com eles ficámos fora da fase de grupos da Champions, há um par de anos atrás, depois de termos vencido em casa, na eliminatória, por 1-0, e de termos perdido, desgraçadamente, na Bélgica por 3-0.
Lembro-me perfeitamente das duas situações. Como se fosse hoje...
 
Na final da Taça UEFA, então disputada a duas mãos, tínhamos feito um grande jogo em Bruxelas, mas acabámos por perder por 1-0. Na Luz, depois de termos estado a vencer, acabámos por sofrer o empate. Foi um dos jogos mais tristes de toda a minha vida. Quando o jogo terminou, lembro-me que fiquei sentado no meu lugar, incrédulo, com as lágrimas a correr pela cara abaixo. Devo ter sido a última pessoa a sair do estádio. Pelo menos não me lembro de ver ninguém, tal era o meu estado de abstração...
O Anderlecht daquela altura era uma equipa poderosa. Mas nós também tínhamos uma grande equipa. E um grandíssimo treinador.
Às vezes dou comigo a pensar o que faria Sven-Goran Erikson com um plantel como o que temos hoje...
 
Na situação mais recente, a realidade era já bem diferente. Embora tivéssemos um bom treinador - Trapattoni - a equipa era bem mais modesta. Apesar de tudo, podíamos ter ultrapassado o Anderlecht, que também já não era nem uma sombra da equipa que defrontámos na final da Taça UEFA.
Curiosamente, também vi esse jogo, na Bélgica, em que perdemos por 3-0. Fizemos uma exibição miserável, com um futebol paupérrimo e uma atitude em campo altamente criticável, apenas se podendo destacar, pela positiva, um jovem de aspecto físico algo estranho, de nome... Luisão.
 
 
 
 
Na passada 3ª feira as coisas correram bem, em termos de resultado, e assim-assim, em termos de exibição.
Pelo que li, na net e em jornais, parece-me que perdi uma boa meia hora inicial... e não terei perdido mais nada.
O que vi, de resumo vídeo, deixa realmente essa imagem: uma entrada em jogo bastante forte, a felicidade de marcar logo aos 4 minutos, a manutenção de uma boa intensidade de jogo e o controle do mesmo, um outro golo - de Luisão!... - a serenar mais as coisas... e depois... um regresso ao passado.
Quem esteve no estádio acabou por me confirmar que a 2ª parte foi ainda pior do que a parte final da etapa inicial, com a nossa equipa a estar totalmente desinspirada no aproveitamento do contra-ataque. Valha-nos o facto de não estarmos num esquema de eliminatória, mas sim de poule classificativa...
E até houve espaço para - à semelhança do que tem sido habitual... - a defesa voltar a comprometer. Realmente, ao que me foi dito, nos últimos quinze minutos, a defesa, nomeadamente centrais e guarda-redes comprometeram por mais de uma vez, tendo até a bola entrado na nossa baliza, na sequência de um livre, num lance que foi anulado por fora-de-jogo do atacante belga - mas que, muito provavelmente, se fosse no nosso campeonato, seria validado, deixando-nos em palpos de aranha para os instantes finais da partida...
E Artur, ao que parece, voltou a mostrar porque é que é urgente arranjarmos um guarda-redes...
(Já agora, são necessários todos os atrasos de bola que a defesa faz para o guarda-redes?...)
 
Em resumo, obrigado a Djuricic e a Luisão, pelos golos que fizeram o resultado, aos 4 e 30 minutos, respectivamente, mas a equipa tem de jogar mais qualquer coisa... e... durante mais tempo.
O golo de Djuricic, em recarga a um remate inicial de Enzo Pérez, foi um bom golo, ainda mais por ter aberto a porta a um bom resultado, mas o de Luisão, com amortecimento da bola no peito e remate sem a deixar cair, após passe de cabeça de André Almeida, na insistência de um canto marcado na direita do nosso ataque, é um lance de grande impacto. No estádio deve ter sido soberbo festejar aquele golo...
O que li destaca ainda o bom jogo de Fejsa e de Cardozo, bem como de Matic e dos laterais, André Almeida e Siqueira.
 
 
Cardozo faz falta ao Benfica, especialmente pelos golos que marca. Vamos a ver se ainda demora muito a voltar à normalidade...
 
Agora segue-se Guimarães.
É preciso não baquear!...
 
 
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BENFICA, 2  -  ANDERLECHT, 0

17/09/2013, 19:45 horas, Estádio da Luz, cerca de 30.000 espectadores.
Transmissão TVI
ÁRBITROS: Manuel Grafe; Thorsten Schifner e Guido Kleve; Holger Enschel.

BENFICA: Artur; André Almeida, Luisão, Garay e Siqueira; Fejsa e Matic; Enzo Pérez (Ola John, 70 min.), Djuricic (Maxi Pereira, 75 min.) e Markovic; Cardozo (Lima, 87 min.).
Suplentes: Paulo Lopes, Maxi Pereira, Jardel, André Gomes, Ola John, Rodrigo e Lima.

ANDERLECHT: Proto; Gillet, Kouyaté, Mbemba e N'Sakala; Demy de Zeeuw (Acheampong, 46 min.), Milivojevic, Sacha Kjestan; Massimo Bruno (Praet, 80 min.), Mitrovic (Cyriac, 76 min.) e Matíaz Suárez.
Suplentes: Kaminski, Deschacht, Nuytinck, Tielemans, Acheampong, Praet e Cyryac.

MARCADOR: 1-0, Djuricic (4 min.); 2-0, Luisão (30 min.)
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PS - Buonanotte Principessa...

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